27 de jul. de 2011

Não podemos antecipar se haverá alta na gasolina, diz Gabrielli

Petrobras vai manter política de preços de longo prazo, diz presidente.Segundo ele, país terá que voltar a importar gasolina se demanda crescer.

Gabrielli falou sobre plano estratégico da Petrobras nesta quarta-feira (27) (Foto: Gabriela Gasparin/G1)
Gabrielli falou sobre plano estratégico da Petrobras
nesta quarta-feira (27) (Foto: Gabriela Gasparin/G1)
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, voltou a afirmar nesta quarta-feira (27) que a empresa vai manter a política de acompanhamento dos preços dos derivados de petróleo (como a gasolina) no mercado internacional no longo prazo. Segundo ele, ainda não é possível dizer se o preço da gasolina vai ou não subir, apesar da elevação de preços já estar acontecendo no mercado internacional.

"Não podemos antecipar se haverá alta ou não", afirmou Gabrielli, em São Paulo. "Não vamos dizer se o preço vai aumentar ou não vai aumentar. Se vai ser hoje, amanhã ou daqui a dois meses. O que nós estamos dizendo é que, nos últimos oito anos, a nossa política de preços foi acompanhar os preços internacionais", disse.
ImportaçãoGabrielli disse que o preço da gasolina na refinaria da Petrobras é R$ 1,05 desde maio de 2009, mas no posto inclui valores adicionais como impostos estaduais e a margem das distribuidoras e a margem de lucro dos postos. De acordo com ele, a Petrobras é responsável por um terço do preço da gasolina. "Se nós alterarmos o preço da gasolina, o preço que vai ter na bomba não vai ter o que nós alterarmos na refinaria, porque tem todos esses componentes no meio".
Gabrielli disse ainda que, caso o governo venha a reduzir a porcentagem de álcool usada na mistura com a gasolina, a Petrobras não vai ter como aumentar a produção do combustível. De acordo com ele, a produção atual já está no limite. O que significa que terá aumento de importação. "Nossa capacidade de crescer a produção nacional chegou no limite. Se a demanda brasileira crescer, nós vamos importar mais, mas não vai ser muito significativo, porque a demanda não cresce em um ano ou dois muito".
"Se aumentar a demanda, de qualquer forma que for, vamos ter que aumentar a importação", afirmou. Ele destacou, contudo, que 95% da oferta de derivados de petróleo atulmente no país é brasileira e somente 5% é de importação.
Neste ano, segundo Gabrielli, a Petrobras importou equivalente a apenas três ou quatro dias de consumo de gasolina.

Na terça-feira, Gabrielli declarou que a estatal não pensa em aumentar os preços da gasolina no curto prazo. O reajuste aconteceria apenas se o patamar de preços internacionais atual se mantiver estável. Mas ele não especificou por quanto tempo os preços precisariam manter-se elevados para que a estatal realizasse o reajuste de preços da gasolina.

Na noite de segunda-feira, Gabrielli havia dito ao Jornal da Globo que, dependendo da variação de preços internacionais, será preciso elevar o preços. "Provavelmente vamos precisar ajustar o preço doméstico", disse.

Ele explicou que o país passa por um estrangulamento físico na capacidade de aumentar a produção de gasolina no Brasil, porque as refinarias já estão no limite. "A não ser que entrem novas unidades, não é possível produzir mais gasolina. Então, se houver um aumento de demanda, como não vai faltar gasolina no Brasil, vai haver importação", disse.


Fonte: G1
Disponível no(a):http://g1.globo.com/carros

Nenhum comentário: